sábado, 15 de maio de 2010

novo ensaio sobre a dor

já achei que injeção
fosse a dor maior do mundo.
depois um beliscão,
um chute no saco,
um fora da menina do colégio
que não entendia
que tudo o que eu queria
era um amor bem dolorido.
nenhuma dor tem sucesso
na missão de ser a maior
na análise dos sentidos.

já achei que doer sem deus
fosse amputar sem anestesia.
mas doemos sem amigos.
doemos sem irmã.
doemos sem pai.
doemos sem mãe.
doemos com a sobra,
vazia.
deixemos o amor doer.
deixemos.
para que ele continue grande
para o resto de nossos dias.

(scapin)

5 comentários:

Adriana Scapin disse...

A dor de mãe sempre se supera.

Anônimo disse...

drão...

Ana Carolina Castro disse...

deixemos. até porque, nao temos outra alternativa.

Unknown disse...

A maior dor, é sempre a próxima. A dor que ainda não se provou.

Muito BOM!

Parabéns!

Beijos

Mirze

Bah disse...

Vou te lembrar desse poema na próxima vez que você tomar injeção... ;p